A matriz energética brasileira é composta majoritariamente por fontes renováveis, em especial, por usinas hidrelétricas (UHEs, PCHs e CGHs). Em 2016 a fonte hídrica foi responsável por 68,1% da geração de energia elétrica no nosso país. Além de ser responsável pela maior parte da geração de energia no Ambiente de Contratação Regulado (ACR), as hidrelétricas também geram a maior parcela da energia comercializada no Ambiente de Contratação Livre (ACL).
Para a produção de energia através da fonte hídrica, um dos fatores mais importantes é a vazão do rio, ou seja, o volume de água disponível. Em períodos de muita chuva, o volume de água nos rios aumenta consideravelmente, fazendo com que as condições de geração de energia nas usinas hidrelétricas sejam mais favoráveis, resultando em um preço mais competitivo por MWh – e consequentemente, favorecendo a migração para o Ambiente de Contratação Livre (ACL).
O mês de outubro teve índice de chuvas acima do esperado, resultando em afluências acima da média na região sudeste e região sul – onde o nível dos reservatórios já chega a 73%. Estas condições de geração refletem positivamente na economia, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) – que no mês de agosto estava em R$ 472,75/MWh nos submercados sudeste/centro-oeste, sul e nordeste e 473,50/MWh no submercado norte – atualmente está em R$ 151,52/MWh (pesada e média) e R$ 147,16 (leve) em todos os submercados.
Além disso, existe a expectativa de que 2018 termine em El Niño, o que favorecerá ainda mais as condições de geração nas hidrelétricas, principalmente na região sul, onde o fenômeno influencia diretamente no aumento dos níveis de chuva de dezembro a março. Desta forma, é possível concluir facilmente que o momento é favorável à migração para o ACL.
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